Música para 3ª Idade (atividades para idosos)

Música para 3ª Idade (atividades para idosos)

Você pensa em atividades para idosos quando vê que seu pai, sua mãe, sua tia, tio ou avó quisesse ter alguns momentos de satisfação, com música ao vivo que lhe fizesse recordar os “bons tempos em que a música era diferente”? Quem nunca ouviu essa frase da avó ou do avô?

Será que o idoso ou a idosa que você tem morando com você na sua casa pelos próximos anos, está sofrendo de algum tipo de tédio ou desconforto, ansiando mesmo querer ir embora da sua casa e até dizendo que não deseja mais viver, que queria se ir…

Se você sofre dessa dor, se você convive com isso, então você está na página certa!

Quem eu sou e porque faço isso

Eu sou o professor e músico Fabio Campos, tenho 52 anos (sou de setembro de 1965) e tenho uma avó de 104 anos! Sim, ela ainda está viva e eu encontro com ela duas vezes por semana para alegrá-la ao som das músicas de sua juventude.

Eu tenho absoluta certeza que esse é um dos motivos pelo qual ela, hoje, está viva e feliz, na medida possível da sua idade (afinal são 104 anos!), usufruindo de uma qualidade de vida que não tem preço.

Mas isso quem descobriu essa importância de ter atividades para idosos com a minha vó não fui eu, e sim meu pai, o seu filho Sérgio.

Como começaram o projeto e as atividades para idosos

Certa tarde, após minha vó ter ficado muito triste e incomodada com umas dores na coluna, eu resolvi pegar o violão que tem lá na casa de meu pai e tocar uma música que ela adora. Atividade fisica na terceira idade pode muitas vezes ocasionar algumas lesões e dores, mas ela estava em um dia bem calmo, talvez fosse algo muscular tensionado, talvez um outro tipo de atividade fisica funcione melhor na terceira idade, quem sabe… cantar?

Ela é gaúcha e todos nós já sabíamos que ela ama aquela famosa canção popular “Prenda Minha”.

“Vou-me embora, vou-me embora prenda minha, tenho muito o que fazer…”

Acabei fazendo uma audição completa, tocando essa e outras músicas gaúchas além de algumas marchinhas carnavalescas de sua juventude e fase adulta (onde ela se recorda do meu avô, seu marido), no dia seguinte meu pai me ligou…

Achou que eu poderia tocar mais frequentemente essas cantigas e canções, como forma de estimulá-la, que ela tinha ficado muito bem depois que eu toquei…

Foi aí que eu vi o poder da música como terapia para essa idade mais avançada, além de poder servir para o caso de uma idade ultra avançada (acima de 90 anos) como atividade fisica na terceira idade.

E me lembrei da minha primeira professora de violão, era uma senhora bem velhinha…

Minha primeira professora de violão era uma senhora idosa

Na verdade, eu comecei a tocar violão com uma senhora – Dona Carmem –, vó de um amigo meu, o Pedroca.

Eu ia para a casa dela e ela, aos setenta e tantos anos, quase oitenta, me ensinava o violão, dava dicas importantes para a minha formação… Foram aulas que se tornaram inesquecíveis para mim!

Eu então me lembrei de Dona Carmem, tão velhinha, tão ativa, faladora, alegre e confiante, que me dizia que a música rejuvenescia porque trazia vida, lembranças e alegrava.

Eram as tais atividades para idosos funcionando no piloto automático com a minha professorinha de 80 anos que era toda empertigada, comunicativa, em ótima forma física, provavelmente decorrente de atividades físicas na terceira idade que até vinham com a prática do tocar violão e cantar…

A Verdadeira Máquina do Tempo

Era isso então! A música tem um poder que nenhuma outra arte possui, que é a de nos levar em milésimos de segundos a lugares e situações do passado, uma verdadeira máquina do tempo!

Dona Carmem, quando queria, fazia com a música a sua “viagem” e recordava seus bons tempos na Espanha, no Rio de Janeiro e em outros lugares que viveu na sua juventude…

E minha avó começou a fazer isso, bem na minha frente, relembrando seu Rio Grande do Sul, sua cidade de Cachoeira do Sul…

Foi quando pensei: “Preciso fazer o mesmo que faço com minha vó, para outras avozinhas e avozinhos”…

E foi aí que surgiu o projeto “Tocando, Cantando e Bailando com os avós”, como uma opção musical para que se realizem atividades para idosos só que com qualidade e sensibilidade.

Além de trazerem opções mais suaves para uma atividade física na terceira idade. Afinal cantar, tocar e dançar é um ótimo exercício!

Veja abaixo como este senhor, nos EUA, vai rememorando o som, e, com isso, mesmo sendo apenas com um I-pod, vai mudando de expressão e ganhando confiança, vida, alegria…

O Projeto “Tocando, Cantando e Bailando com os avós”

Esse é um projeto bem simples mas, por sua simplicidade, justamente acaba por sensibilizar o mais fundo das almas das pessoas idosas.

E elas – as pessoas idosas – tem muito o que contar. Muito o que dizer. Muito ainda que viver.

Quais seriam as Atividades para Idosos?

Podem simplesmente ouvir e deixar a música dentro delas ressonando. Ou podem cantar junto, baterem palmas, tocarem pequenos instrumentos de percussão (chocalhos, caxixis, ganzás e pequenos tambores) e até mesmo o violão, caso já soubessem fazê-lo (ou se recordarem e lembrarem como fazê-lo).

Atividade fisica na terceira idade

Os idosos podem também, dependendo de suas capacidades físico-motoras, dançar um pouco, ou somente balançarem ao ritmo da música, aonde estiverem sentadas confortavelmente, com o apoio sempre de suas cuidadoras, caso possuam.

Tudo isso, com a regularidade devida, o equilíbrio e o cuidado terapêutico, traz de volta o que não se recuperaria nunca, à não ser pela via da música: Tudo isso Traz de Volta… O Tempo!

A Memória Voltando

E com o tempo, as memórias longínquas, de infância, de juventude! Com as memórias, “A” memória. Com a memória, o bem estar de se estar participando do dia-a-dia, do ser-vivo, do fazer musical que é a própria Vida.

Porque, não nos iludamos, como a Música, a Vida um dia finda. Mas enquanto isso não ocorre, devemos tocar nosso instrumento vital que é nosso Corpo, nossa História, nossa Memória, em suas cordas e teclas.

E isso só pode se dar utilizando-o à partir de atividade física na terceira idade, nessa fase que estamos começando a nos cansar fisiologicamente. A música tem esse dom de nos religar às memórias juvenis e retomar as energias corporais.

Por esse paralelismo natural, a música hoje em dia vem sendo utilizada em diversos experimentos de sucesso, para a cura ou o minoramento dos efeitos do Alzheimer. É uma das atividades para idosos mais poderosas!

No vídeo abaixo, confira lá no Paraná, em uma casa de idosos, como a música pode trazer boas lembranças e tornar o presente ao invés de melancólico, um momento de Vida!

Como se dá a interação do músico com a idosa/o idoso e o cuidador de idosos

Ao chegar, uma conversa de aproximação é necessária. Sempre com alguém da família, de preferencia, próxima ou ao lado.

O acompanhante/cuidador de idosos e folguista deverá estar presente também, pois será de grande valia para podermos fazer uma avaliação dia-a-dia, de como está reagindo nosso idoso às atividades para idosos.

O Início Musical

Após a conversa, de acordo com a faixa etária, temos um repertório inicial que deverá proporcionar identidade entre mim e a(o) idosa(o).

Eu começo bem devagarzinho, sentindo como está a recepção da música e, se houver aceitação, eu prossigo naquela linha. Anoto sempre as preferências e dou muito valor às escolhas do idoso.

Pode ser em uma canção especial o gancho para alguma atividade lúdica ou mesmo alguma atividade fisica na terceira idade que traga as lembranças e afetos passados.

Em ocorrendo alguma (raríssima) negação, eu finalizo a música e tento outro(s) tipo(s) de canção. Para isso, trago já prontas para leitura e execução, um repertório de mais de 100 canções de modo a poder sensibilizar a(o) ouvinte.

O acompanhante/cuidador de idosos folguista e sua importância nisso

Já tive diversas experiências com o apoio e sem o apoio do acompanhante/cuidador de idosos nesse tipo de trabalho e posso dizer que, quando o acompanhante dá o apoio, o resultado frequentemente se torna mais relevante.

Não significa que, caso o acompanhante não saiba música, não saiba tocar uma percussão ou cantar, que ele não possa estar ao lado de nossa(o) velhinha(o) apoiando e incentivando a cantar, bater palmas, dançar.

Atividade fisica na terceira idade depende quase que exclusivamente desse tipo de estímulo e, uma apresentação musical pode ser um evento que permita ao idoso se movimentar suficientemente para que seus músculos se irriguem e adquiram tônus muscular.

É de um efeito impressionante quando, além do músico, outra pessoa participa nem que seja dançando ou acompanhando com palmas à vista do idoso.

É o efeito que chamo de “efeito social” (pessoas cantando e/ou dançando ou acompanhando com palmas uma música, em atividades para idosos, é algo contagiante, até para quem toca!).

Se o cuidador de idosos, folguista ou não, entretanto, não desejar participar (e isso creio que deveria ser perguntado ao profissional), então devemos apenas deixá-lo como apoio à atividade.

E isso é melhor do que uma pessoa que não deseja participar sendo “obrigada” a fazê-lo. Que fique ao lado suprindo as necessidades mínimas do idoso, como o faz no dia-a-dia.

Quer Saber Mais Sobre o Projeto “Tocando, Cantando e Bailando Com os Avós”?

Você deseja saber mais sobre nossa apresentação musical enquanto parte das atividades para idosos possíveis? Ligue Agora para o Whatsapp 21-997997404

À princípio eu atendo na Zona Sul do Rio de Janeiro, mas podemos conversar sobre o deslocamento a outros bairros e regiões.